sábado, 21 de março de 2015

Prato da Fábrica de Louças de Sacavém, Motivo “MIMOSO” - carimbo BHS & C.ª.

Apresentamos hoje mais um prato, raso, de fabrico da Fábrica de Louças de Sacavém, em pó de pedra “granito”, com um motivo “MIMOSO”, do período “REAL FÁBRICA DE SACAVÉM”, com a inscrição “BHS & C.ª, que cremos corresponder ao período temporal de fabrico, especifico, de 1885-1896, com uma interessante e triplica decoração policromática, estampada na aba, que se prolonga até ao covo, com decoração vegetalista, arranjos florais.


Trata-se de um prato com um carimbo, na cor sépia, que se reporta ao período da Real Fábrica de Sacavém, mas com a referência sob a mesma de BHS & C.ª, ou seja, quando a fábrica pertencia ao Barão ou à Baronesa e superiormente o motivo “MIMOSO”.


Recordamos que John Stott Howorth, “Barão de Howorth de Sacavém” faleceu em 1893, passando a fábrica a ser administrada pela viúva, a “Baronesa de Howorth de Sacavém”, em sociedade de comandita, com o guarda-livros da mesma, “James Gilman”, até 1907, ano da sua morte, passando depois a FLS para a posse e administração deste (Gilman).





Por outro lado, possui também a marca incisiva na pasta de uma coroa real e a palavra “SACAVEM”, associada ao período temporal de fabrico de 1885-1886, o que nos deixa algo confusos, pois foi apenso uma marca de período anterior, esse embora cremos que se destinava exclusivamente a caracterizar o tipo de fabrico: em pó de pedra “granito”.



Para conhecimento de todos aqui fica a postagem respectiva e a exibição do prato em causa.



FONTES:

1) – “Fábrica de Louça de Sacavém – Contribuição para o estudo da indústria cerâmica em Portugal 1856-1974” de Ana Paula Assunção, Coleção História da Arte – Edições INAPA – 1997;

2) – “150 Anos – 150 Peças – Fábrica de Loiça de Sacavém” – Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Março de 2006;

3) – “Porta aberta às memórias” – Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Setembro de 2008;

4) - “Porta aberta às memórias” – 2ª edição, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Setembro de 2009;




8) - “Cerâmica Portuguesa e Outros Estudos”, de José Queirós, com Organização, Apresentação, Notas e Adenda Iconográfica de José Manuel Garcia e Orlando da Rocha Pinto, Editorial Presença – 3ª Edição – 1987;





quarta-feira, 18 de março de 2015

LOUÇA FINA DE ALCANTARA – PRATOS RECORTADOS COM MOTIVO DESCONHECIDO

Desde há muito que a louça da Fábrica de Alcântara nos fascina: sentimos um encanto especial pelas suas peças, pela sua decoração e pela diversidade das marcas e carimbos que ostentam.

Trata-se de peças em faiança de qualidade superior, com decorações interessantíssimas, nem sempre identificáveis, geralmente com alguma influência da cerâmica inglesa, mas em que os motivos, os temas e a decoração são, por vezes, ao gosto nacional.

 

A informação bibliográfica sobre esta Fábrica é escassa, a menos da fonte (1), com um inegável e reconhecido valor, na divulgação de peças e de conhecimentos, e que a todos nos tem ajudado.

Assim, cada vez que aparece mais uma peça deste fabrico é um encanto, quer pela peça, sejam pratos ou outras peças utilitárias, em que os motivos são desconhecidos até ao presente, pelo menos por nós.

É pena que algumas dessas peças não tenham o motivo identificado, junto da respectiva marca ou carimbo, pois assim e de forma inequívoca sabia-se qual era o mesmo.

Hoje vamos apresentar dois pratos, das peças que ultimamente conseguimos e que achamos por bem divulgar, partilhando as suas imagens, para conhecimento de todos.

É na partilha de conhecimento que todos nós nos vamos enriquecendo, adquirindo mais informações e saberes.

Trata-se de dois interessantes pratos, de faiança fina, de aba recortada, com filete dourado e com uma interessante decoração.


Um dos pratos possui uma decoração com dois arranjos, um, em policromia, com motivos vegetalistas e volutas, a ocupar a aba e outro, em lado oposto com uma interessante paisagem, unto a um rio, a uma ponte, um palácio à beira de água, entre verdejante arborização.


No rio, duas colunas verticais de mármore, às quais está amarrada uma gondola (?); um pouco mais afastado, um bote com dois ocupantes-bucólica paisagem.


Noutro prato, o motivo vegetalista repete-se, mas o outro motivo é diferente, embora com o mesmo tema: uma mancha de água (rio?), uma gondola no mesmo, com um ocupante em pé e ao fundo um conjunto edificado extenso, sobre os telhados do mesmo sobressai as cúpulas (zimbórios) de uma igreja ou outro tipo de monumento.

Que motivo será? Desconhecemos.

Cremos não se tratar do motivo “Paisagem Marítima” já identificada na fonte (1).

  

No tardoz dos mesmos, as marcas e carimbos são inequívocos: carimbo circular, na cor sépia, “LOPES & CA”, “ALCANTARA” e “LISBOA” e a marca na pasta, circular de igual período.

Trata-se de um fabrico posterior a 1897.


FONTES:



3) - “Cerâmica Portuguesa e Outros Estudos”, de José Queirós, com Organização, Apresentação, Notas e Adenda Iconográfica de José Manuel Garcia e Orlando da Rocha Pinto, Editorial Presença – 3ª Edição – 1987;

4) - “Cerâmica Portuguesa – Marcas da Cerâmica Portuguesa”, de José Queirós, 2ª Edição, II Volume, (1ª reedição em fac-simile), José Ribeiro – Editor e Livraria Estante Editora, Aveiro – 1987;


domingo, 15 de março de 2015

TRAVESSA EM FAIANÇA, MOTIVO “CASARIO”, DE COIMBRA (?)

Interessante travessa de cantos arredondados, monocromática, em tons de castanho, partida, gateada há muito, estimada e conservada – Faiança de Coimbra? – Cremos que sim!


No covo possui a decoração designada por “Paisagem” ou, mais propriamente por “Casario”, composta por edificações (igreja ou “challets”), com bandeirolas; ladeadas por exuberante arborização e adequada base de enquadramento, esponjada.


No horizonte, aves sobrevoando as edificações, entre a arborização e algumas nuvens, lá longe.


Esta decoração leva-nos aos “brasileiros” “torna-viagens” que no seu regresso, edificações semelhantes, ditas “challets”, edificaram pelo centro e norte do país.




Na aba, junto à bordadura um largo filete castanho-claro e uma trabalhada decoração de cornucópias ou grinaldas, repetidas, encadeadas, que por vezes ligeiramente sobrepostas; estampadas - aplicadas a “chapa recortada”, o vulgo “stencil”; numa tonalidade castanho-escuro, que sobressai da tonalidade geral da travessa, em castanho-claro.


Cremos tratar-se, de forma inequívoca, de uma faiança de fabrico de Coimbra, pelo tipo de decoração, em especial a vegetação (arvoredo), pelo esponjado do embasamento da decoração, bem assim como pelo filete da bordadura da aba e pela decoração da aba aplicada a chapa recortada; para lá do esmalte amarelado da peça.

Se a monocromia fosse em tons de verde, logo haveria, provavelmente pessoas a sugerir ser de Caminha, ou mais especificamente de Vilar de Mouros.


Mas mesmo que fosse nesses tons de verde e pelas características da decoração, mantínhamos a nossa opinião de ser fabrico de Coimbra.

Como é óbvio trata-se de peça não marcada e por conseguinte de difícil atribuição de fabrico e catalogação, mas pensamos que se poderá atribuir o seu fabrico a Coimbra.


Arriscamos-nos a sugerir que se trata de um fabrico de um período que medeia entre meados e final do século XIX. Será?

Comentário (2015-04-06):

No seguimento de um oportuno e esclarecido comentário de Luís Montalvão, http://velhariasdoluis.blogspot.pt/; há a referir que a decoração da travessa que apresentamos se inspira no motivo inglês, padrão "Roselle", "que é composto por um romântico chalet e uma árvore, que ladeiam um lago, onde se avista ao longe um castelo. Roselle é o nome de uma localidade italiana no Sul de Florença, que era um ponto de escala do chamado Grand Tour", tal como refere o Luís Montalvão.

(Caneca inglesa com padrão "Roselle", fabrico da John Meir & Son, apresentada na fonte 4)
Igualmente na mesma fonte (4), é afirmado que: "Em Portugal, segundo aprendi com o mercador veneziano, O Roselle foi copiado pela Fábrica de Massarelos. Foi também adaptado de forma popular por um fabricante que algumas leiloeiras identificam como Vilar de Mouros e outras por loiça de Coimbra.", o que em certa medida vem confirmar o padrão da nossa travessa.

(Travessa em faiança nacional com motivo inspirado no padrão inglês "Roselle", exibida na fonte 4)

Aqui fica pois o comentário que se justifica e a inspiração do motivo da travessa, no padrão inglês "Roselle".


Fontes:

1) – “Faiança Portuguesa Séculos XVIII-XIX”, Colecção Pereira de Sampaio, Editores ACD, 2008.

2) – “Cerâmica Portuguesa e Outros Estudos”, de José Queirós, Organização, Apresentação, Notas e Adenda Iconográfica de José Manuel Garcia e Orlando da Rocha Pinto, Editorial Presença, 3ª Edição, Lisboa, 1987.

3) – “Faiança Portuguesa – Seculos XVIII-XIX”, de Arthur de Sandão, Livraria Civilização, 2º Volume, Barcelos, 1985.

4) - http://velhariasdoluis.blogspot.pt/2011/02/o-grand-tour-ou-caneca-inglesa-da-john.html;



PRATO COMEMORATIVO DO 4º CENTENARIO DA CHEGADA À INDIA DA FABRICA DE LOUÇA DE SACAVÉM

A Fábrica de Louça de Sacavém presenteou-nos ao longo dos seus muitos anos de fabrico com pratos decorativos, policromáticos, de rara beleza, muitos dos quais ainda, felizmente, existem.


Reportamos-nos hoje a um belo exemplar, policromático, decorado a tons de verde, azul, castanho e vermelho, tendo como motivo a comemoração do 4.º Centenário da chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498, logo um exemplar, provavelmente, de 1898.

Como não podia deixar de ser a decoração apresenta os motivos alusivos a tal comemoração:


- a figura principal, no covo do prato, lateralmente: D. Vasco da Gama, na cor azul, com um colar, ao peito, com a Cruz de Cristo, a vermelho;


- em local oposto do covo e estendendo-se até à aba, na cor castanho, a Torre de Belém, engalanada com uma bandeira à época do descobrimento;

- na aba uma cercadura interrompida, em cordame com nós, na cor verde, atravessando três bois, na cor vermelha, com um debrum, onde é exibida uma outra Cruz de Cristo, a verde com o interior a vermelho e sob a mesma a data 1497 – 1898.


- o remate da corda com o Escudo de Portugal, sobre uma âncora, na cor verde; Escudo esse com os castelos na cor amarela e as quinas na cor azul.


Em suma, um conjunto de símbolos manuelinos que se reportam a essa Epopeia dos Descobrimentos Portugueses.

Exemplar semelhante, mas só a duas cores já foi exibido no blogue citado em (2), cujas imagens reproduzimos aqui com autorização do seu autor.





Um prato semelhante a este já foi apresentado no livro referido na fonte (6) a páginas 368.

Por outro lado no blogue citado na fonte (3) também já foi exibido um prato policromado, igualmente a três cores, mas diferentes das do que apresentamos.



Para identificação do mesmo apresentamos foto do prato, com a devida autorização do seu autor deste excepcional e deslumbrante blogue: http://memoriadosdescobrimentosnaceramica.blogspot.pt;

O prato encontra-se com marca inserida na pasta – a coroa real e sob a mesma “SACAVEM”, pelo que corresponde a um fabrico da época iniciada em 1885-1886 e que se prolongou, provavelmente até 1905, convivendo com outros carimbos aplicados à época e que neste caso confirma-se pela data comemorativa do prato. Eis pois um parto do final do século XIX.


Neste fabrico de pratos foi utilizada um tipo de pasta cerâmica com a aplicação de granito e que veio a receber o nome de “pó de pedra”.

Fontes:   




4) – “Fábrica de Louça de Sacavém – Contribuição para o estudo da indústria cerâmica em Portugal 1856-1974” de Ana Paula Assunção, Coleção História da Arte – Edições INAPA – 1997;

5) – “150 Anos – 150 Peças – Fábrica de Loiça de Sacavém” – Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Março de 2006;

6) - “Porta aberta às memórias” – 2ª edição, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Setembro de 2009;

7) – “Porta aberta às memórias” – Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Setembro de 2008;

6) – “Dicionário de marcas de Faiança” de Filomena Simas e Sónia Isidro – Edição Estar Editora - Lisboa – 1996;



sábado, 14 de março de 2015

PRATO DE SUSPENSAO, PUBLICITARIO, DA FÁBRICA DE ALCANTARA

Pensamos que a lógica de um coleccionador é não ter lógica!

Em especial quando se trata de coleccionar cerâmicas; quer faianças, quer porcelanas, quer azulejos ou mesmo terracotas.

Para além das categorias formais, das escolas, das épocas, das tipologias, das peças, do seu valor intrínseco ou comercial, pensamos que está acima de tudo o gosto pessoal, a empatia que as peças nos criam e que nos leva a coleccioná-las de modo caprichoso e despretensioso.

Mas, como é óbvio, sem deixar de considerar o seu valor estético, histórico e quiçá comercial.


Tudo isto a propósito de um Prato de Suspensão, Publicitário, da Fábrica de Louça de Alcântara.

Temos, desde há muito, empatia pela faiança de Alcântara, a qual ainda aumentou a partir da palestra de Jaime Regalado, dada a 23 de Janeiro passado no Museu da Fábrica de Louça de Sacavém, pela eloquência da mesma e pela apresentação e descrição efectuadas, com o desvendar de muitas interrogações. (Para quando a publicação do respectivo livro?)

Trata-se de um prato liso, sem covo e aba, de suspensão, com os respectivos orifícios de pendurar efectuados no único frete do tardoz do prato.



É um tipo de prato recorrente, publicitário, do Comerciante Albino J. Baptista, com sede na Rua Nova do Almada, n. 92, em Lisboa, (ao Chiado), que se dedicava à comercialização de “Guardas Chuvas muito bons e baratos” e a “Leques e Sombrinhas de Phantasia”.

Este prato calendário, do ano de 1889 e por conseguinte efectuado, provavelmente no final do ano de 1888, apresenta-se na cor monocromática castanha.


Para além do calendário em si, exibe três guardas chuva, de dimensões diferentes, dois leques e sete bengalas de diversos formatos de punho e uma jovem senhora, elegantemente vestida à época, com um guarda-chuva, voltado do avesso, sob copiosa chuva.


No limite da bordadura a identificação “LOPES & CA – ALCANTARA”.


No tardoz do prato, a marca é inequívoca e expressa de forma incisiva:

 “L. & C.”, “LOUÇA À INGLESA”, “FÁBRICA D’ ALCANTARA”, “LISBOA” e “TRAVESSA D’ ASSUMPÇÃO 37 E 39”.


Corresponde a uma das marcas usadas no período temporal de 1886 a 1900, o que se confirma pela data do próprio calendário do prato.


O blogue (3) já apresentou um prato igual, mas monocromático verde, cujas imagens apresentamos com a devida autorização do seu autor, enquanto o que exibimos é monocromático castanho.


Aqui fica o registo do prato.



Fontes:

1) –

2) - “Cerâmica Portuguesa e Outros Estudos”, de José Queirós, com Organização, Apresentação, Notas e Adenda Iconográfica de José Manuel Garcia e Orlando da Rocha Pinto, Editorial Presença – 3ª Edição – 1987;



sexta-feira, 13 de março de 2015

PRATO EM CANTÃO POPULAR, DE SÃO ROQUE – AVEIRO – COM MARCA

Apresentamos hoje um prato raso moldado, de formato circular, de aba pouco elevada, com decoração monocromática azul, motivo “Cantão Popular”, com marca de fabrico – São Roque – Aveiro.


Possui carimbo monocromático castanho de formado e configuração não habitual, para identificar a fábrica em causa.


A maioria das peças estão marcadas com carimbo circular, dentro dele algo que se assemelha a um “8”, como alguns dizem, mas mais não é de que a cabaça alusiva a São Roque. Razão pela qual também existem alguns carimbos também com um bastão.


Existem peças semelhantes da mesma fábrica, com decoração idêntica, mas com o carimbo habitual desta fábrica.


Trata-se, por tal motivo uma peça interessante, por ser pouco vulgar a aposição deste carimbo.


Como sabemos a Fábrica de Faianças S. Roque, em Aveiro, que foi criada em 1955 pelo ceramista João “Lavado” (João Marques de Oliveira) (1905-?), então sócio da Fábrica de Louças e Azulejos de S. Roque, vulgarmente conhecida por Fábrica de S. Roque, esta fundada nos finais da década dos 20, por Manuel da Silva e Justino Pereira Campos, localizada no canal de São Roque.

A fábrica, Faianças S. Roque, apresentou as suas últimas contas a 27 de Dezembro de 2001, tendo o seu encerramento e dissolução sido registado em Outubro de 2002 e publicado em Diário da República, no mês de Dezembro do mesmo ano.

Esta fábrica, Faianças S. Roque, dedicou-se exclusivamente à produção de louças decorativas e utilitárias, tendo produzido bastante louça decorada com escorridos. Existem várias peças marcadas que exibem combinações de cores: castanho, amarelo, verde e preto nesses escorridos.


Como não podia deixar de ser, e a exemplo de outras fábricas de Aveiro, também produziu peças com decoração do motivo “Cantão Popular”, com um conjunto de imagens, símbolos e arranjos ao gosto do artista, marcando a diferença para as demais e criando um estilo próprio, não faltando o habitual ondulado na parte interior da aba, a canelura, antes da faixa ou largo filete que delimita o covo da aba.


Por outro lado o habitual largo filete no limite da aba foi substituído por dois filetes, relativamente espaçados, com uma interessante decoração arrendada entre eles, com reservas decoradas com dois elementos, um dos quais parece ser uma viola e o outro um barril deitado (?).


No covo, o motivo da decoração, pese embora com os habituais elementos simbólicos, os mesmos são bastante diferentes dos correntemente utilizados à época ou em épocas anteriores, encontrando-se muito ocidentalizados e com a representação das nuvens, do horizonte e da água de modo, mais simples e estilizada.

As edificações representadas também possuem uma imagem mais ocidentalizada do que as que habitualmente decoram este motivo.


Em suma mais uma versão de “Cantão Popular”, esta das Faianças de São Roque.

Crê-se que se trata de um fabrico por volta da década de 50 do século passado - mas sem certezas.

FONTES: