domingo, 8 de junho de 2014

EXPOSIÇAO COMEMORATIVA DO BI-CENTENARIO DA MANUFACTURA NACIONAL DE SÉVRES (1738-1938) – LISBOA 1939: 75 ANOS


Fazem agora 75 anos, que ocorreu a Exposição, em Portugal, das porcelanas de Sèvres, no Museu das Janelas Verdes, em Lisboa, organizada sob o patrocínio dos Governos Francês e Português, da Association de Action Artistique, de França, da Academia de Ciências de Lisboa e da Academia Nacional de Belas Artes.

                                                                         (Imagem da capa do catálogo)

Tratou-se de uma excecional exposição das afamadas porcelanas de Sèvres, que na primeira metade do século XIX alguma influência tiveram nos fabricantes portugueses de porcelanas, mas que não se encontravam com digna representação nos Museus em Portugal.



                                        (Imagem da fachada do Museu Nacional de Cerâmica de Sèvres)

O então Diretor dos Museus Nacionais de Arte Antiga, João Couto, dizia: “Não era, por consequência, de perder a oportunidade, agora proporcionada ao nosso público, de poder tomar melhor contacto, de admirar e de estudar as belas peças que são justo orgulho de França”.

O catálogo, por épocas, por tipo de porcelanas e por tipo de peças características e de referência, as descriminava de forma minuciosa. Eram as porcelanas tenras e as porcelanas duras, eram as esculturas esmaltadas e não esmaltadas.



                               (Imagens de porcelanas e peças escultoricas apresentadas na exposição)

 
Eram as peças pertencentes à Manufatura Nacional de Sèvres e as Peças pertencentes ao Estado Português.
 
                                                    (imagem de porcelana de Sèvres exibida no catálogo)

A marca adotada pela fábrica de Vincennes, era composta por dois LL´ entrelaçados, encimados ou não pela coroa real. Sèvres continuou a usar a mesma marca mas indicava conjuntamente o ano de fabrico, por uma letra, correspondendo a letra A, ao ano de 1756. A partir de 111778, as letras começaram a ser dobradas (AA, para 1778).

Na Primeira Republica adaptaram o monograma R.F. e a data era indicada pelo milésimo do ano.



                                                   (marcas da Manutactura de Sèvres)

As porcelanas de Sèvres são produzidas usando métodos tradicionais, possuindo um superior prestígio, quer em França, quer pelo Mundo, dada a beleza das suas peças decorativas e ornamentais, com o recurso a alegorias mitológicas.









                           Algumas imagens representativas das peças decorativas e das louças de Sèvres)

Tudo isto a propósito e para relembrar a escassez de exposições de cerâmica, faianças e porcelanas efetuadas em Portugal, para que se tenha conhecimento, se aprecie e estude o que foi efetuado e produzido nesta área e em Portugal, já que cada vez mais há menos fábricas e mais se utilizam outros produtos e de outras origens, que não nacionais.

Exposições de cerâmicas, faianças e porcelanas nacionais, com realização de catálogos, com imagens de todas as peças, permite que seja efetuado um registo do que melhor e mais tradicional se efetuou em Portugal, já que a maioria das fabricas tem vindo a encerrar e não tem sido realizadas recolhas das peças que as mesmas fabricaram para virem a serem expostas em Museus.

Essas peças continuam a ser guardadas, estimadas e acarinhadas por particulares, não sendo do conhecimento geral, perdendo-se uma importante divulgação pública do que se fabricou e produziu em Portugal a nível da Cerâmica, das Faianças e das Porcelanas.

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