As peças em faiança monocroma azul
claro, do Norte (?) ou de Coimbra (?), são um encanto e trazem-nos sempre algum
mistério, começando logo pelo desvendar da origem do seu fabrico, pois, criam-nos incertezas
e deixam-nos dúvidas.
A faiança sem qualquer marca, caracter alfanumérico ou mesmo um “arabesco” torna difícil a sua atribuição a
uma zona específica de fabrico, podendo, frequentemente, haver dúvidas, situação que se passa com as faianças ditas de Coimbra ou do Norte, tal como a presente.
Tudo a propósito de um prato covo,
com decoração monocroma azul claro, com uma flor no covo, um filete grosso a
separar o covo da aba e na aba uma decoração vegetalista repetitiva.
Decoração estampilhada, em série,
ingénua, sem muito cuidado na colocação do stencil, notando-se diferenças de
posição e afastamentos diferentes na decoração repetitiva da aba.
O tardoz do prato possui um esmalte
branco, leitoso, recordando-nos a louça malegueira, o que poderá ser um sintoma de ser
faiança do Norte – não conseguimos garantir!
Mas o esmalte branco, leitoso, a
decoração a azul claro, o motivo da decoração central, a decoração repetitiva
da aba e a sua execução, digamos, algo ingénua, leva-nos a considerar que seja
fabrico do Norte, dos finais do século XIX ou mesmo do início do século XX.
A comparação com outras peças
semelhantes divulgadas na net (em locais de venda e em blogues) permitiu-nos
ajudar na decisão e tornar a mesma mais consistente, pese embora frequentemente, esses sites indiquem como produção provável "Miragaia", quando, na verdade, se trata de faiança, azul e branca, provavelmente, do Norte (?), ou será de Coimbra (?). A dúvida persiste, para nós, pese embora gente mais avalizada que nós indique ser Coimbra.
Da fonte (1) recolhemos as seguintes
imagens (que entretanto nos asseguraram ser fabrico de Coimbra):
Da fonte (5) registamos as imagens:
E finalmente da fonte (3) recolhemos
ensinamentos e a imagem (seguramente fabrico do Norte):