domingo, 3 de janeiro de 2016

Prato da Fabrica de Louça de Sacavém, formato ESPIGA, Motivo 1259 (Caça ao Hipopótamo) na cor amarelo-acastanhado


Um dos fabricos mais interessantes da Fábrica de Louça de Sacavém é o formato ESPIGA, quer devido à sua execução relevada na aba, com espigas, palha e a gomagem da mesma até ao covo, quer devido aos vários motivos de decoração, bastantes; quer devido às técnicas de decoração usadas, estampagem no covo e aerografia na bordadura da aba, estampilhagem (alguns); quer mesmo devido às razões subjacentes de tais motivos.


(Prato FLS, formato ESPIGA, motivo 1259)

O mote para esta postagem, e em boa hora conseguida, foi a obtenção de um dos motivos de decoração, que me faltava, o motivo 1259, mais propriamente com um mote africano – a caça ao hipopótamo, na cor amarelo-torrado.


(Motivo 1259 - Pormenor)

Especula-se que este motivo com o conjunto de decorações efectuadas corresponde a “uma encomenda” à época da realização da Exposição Colonial Portuguesa, ocorrida no Porto, em 1934, onde a F.L.S. esteve presente, com um pavilhão de exposição, ou mesmo aquando da Exposição do Mundo Português, ocorrida em Lisboa, em 1940.


(Formato ESPIGA - Pormenor da aba)

A cuidada decoração do prato desenvolve-se tal como em todos com o Motivo ESPIGA, no covo do mesmo: este apresenta uma cena africana, em que um nativo, dentro de uma piroga, pelo rio, e de carabina em punho, efectua a caça ao hipopótamo; vendo-se dois, um na água e outro à margem do leito do rio, à frente de exuberante floresta tropical.


Decorações Aplicadas sobre o formato Espiga (Motivos):

Parece-nos interessante inventariar as várias decorações (motivos) aplicadas sobre o formato ESPIGA, bem como as variantes, algumas bastante simples.
Vamos tentar tal tarefa, com a indicação numérica do motivo, a sua identificação e a sua imagem:

Decoração 1200 – Sem decoração (prato base):


Motivo 1200ª – Somente aerógrafado na aba:


Motivo 1202 – decoração aerógrafado na aba:


Motivo 1203 – Espiga:


Motivo 1204 – Patinhos:


Motivo 1205 – Barco Moliceiro (?):


Motivo 1216 - Arranjo Floral: Espigas, Papoilas e Borboleta:



Motivo 1217 – Ceifeiras Alentejanas:


Motivo 1226 – Arranjo floral:


Motivo 1227 – Caça à Perdiz (?):


Motivo 1228 – Pesca Milagrosa nas Costas Lindas de Portugal:


Motivo 1250 – Papagaio e Macaco:


Motivo 1253 – Cena africana (2 nativas e bacia de mandioca):


Motivo 1259 – Caça ao Hipopótamo:


Motivo 1259a – Cena de Caça com lanças:


Motivo 1260 – Caça ao Hipopótamo:


Motivo 1270 – Aldeia africana:


Motivo 1282 – Arranjo floral:



Outras decorações identificadas, mas sem se conhecer o número do motivo:

Motivo 1295 (?) – Cena Africana – girafa:


Motivo 1296 (?) – Cena Africana – nativos de piroga:


Motivo 1297 (?) – Arranjo floral – cesto com espigas e papoilas (?)


Motivo 1298 (?) – Arranjo floral estampado (?)



Motivo 1216 – Arranjo floral (Espigas, Papoilas e Borboleta):



Período de Fabrico:

Várias das decorações deste motivo vieram referidas nos catálogos da Fábrica, desde 1932 a 1950.


(Motivo 1259 - tardoz do prato)

Contudo, presume-se que estes pratos, com este motivo tenham sido fabricados desde o início da década de 30 até provavelmente aos finais da década de 50 ou início da década de 60 do século passado, sendo a decoração 1200 de uso muito frequente e intenso em muitas casas do País.


(Carimbo formato 1259)

Por conseguinte, sempre no período de fabrico de Gilman & Cta., correspondente ao período temporal de 1902-1970, conforme atestam os carimbos apostos nos tardozes dos pratos.


Outros Fabricos, outras fábricas:

Encontram-se alguns pratos com o mesmo motivo, com decorações diferentes, sem marcas nem carimbos, não atribuíveis a F.L.S., presumindo-se que sejam:

- Fábrica Soares dos Reis-Porto (?) – Cena Campestre com moinho de vento;


- Fábrica Soares dos Reis-Porto (?) – Barco Rabelo;


- Fábrica Soares dos Reis-Porto (?); Fábrica Lusitânia de Coimbra (?); Estatuária de Coimbra – Templo de Diana (Évora) – decoração estampilhada;


- Fábrica de São Roque – Aveiro – Campino – decoração estampilhada;



Em jeito de remate final:

Pensamos que seria muito útil, para todos nós, que nos interessamos por Faianças e em especial pelas fabricadas pela FLS – Fábrica de Louça de Sacavém, que conseguíssemos completar esta simples e despretensiosa catalogação de decorações (motivos) aplicadas neste formato ESPIGA.

Em especial, para quem tem peças com as decorações (motivos) aqui referidas e que não foram identificadas pelo número da decoração que nos pudessem indicar a mesma, ou no caso de haver mais decorações que as aqui apresentadas, que nos ajudassem a aumentar esta apresentação, pois muito útil será para todos nós e para o público em geral.
 

(FLS, formato ESPIGA, motivo 1259)


FONTES:

1) -  “150 Anos – 150 Peças – Fábrica de Loiça de Sacavém” – Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Março de 2006;

2) – “Fábrica de Louça de Sacavém – Contribuição para o estudo da indústria cerâmica em Portugal 1856-1974” de Ana Paula Assunção, Colecção História da Arte – Edições INAPA – 1997;

3) – “Porta aberta às memórias” – Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Setembro de 2008;

4) - “Porta aberta às memórias” – 2ª edição, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Setembro de 2009;

5) – “Primeiras peças da produção da Fábrica de Loiça de Sacavém: O Papel do Coleccionador”, de Ana Paula Assunção, Carlos Pereira e Eugénia Correia, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – 2003;

6) – “História da Fábrica de Loiça de Sacavém”, de Ana Paula Assunção e Jorge Vasconcelos Aniceto, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Julho de 2000;

7) – “Roteiro das Reservas”, de Ana Paula Assunção, Carlos Pereira e Joana Pinto, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – 2000 (?);








Prato em Faiança, com decoração floral… e já lá vão mais de 100 anos!


Como início neste novo ano apresento um interessante prato de faiança, pequeno, de covo acentuado, com uma decoração vegetalista policromada na aba, não muito frequente, provavelmente do final do século XIX ou inicio do século XX….. e já lá vão mais de 100 anos!

(Prato covo em faiança, decoração vegetalista policromada)

Possui um filete na cor azul-escuro a delimitar a aba do covo e três decorações florais, manuais, efectuadas a pincel, uma delas maior que ocupa toda da aba e se prolonga até ao covo, interrompendo o filete, nas cores verde-escuro, verde-ervilha, amarelo-torrado e cor-de-rosa e outras duas, semelhantes mas diferentes, com as mesmas cores e que se desenvolvem exclusivamente na aba.


(Pormenor da decoração maior, ocupando a aba e o covo) 

Trata-se de um interessante prato, analisado pelo seu tardoz, com dois fretes, um exterior, pronunciado e outro, interior, mais modesto. Exibe uma pasta cor de grão, "ariada", com um vidrado leitoso, onde se vislumbram perfeitamente os círculos da moldagem.
 

(Tardoz do prato)

Sem dúvida que nos recorda os tempos em que só se usava um prato, pequeno, pois a comida não era em demasia, e em que se punha a mesma no prato, comendo-se primeiro o “conduto” e depois o “caldo” sempre acompanhado com pão, simplesmente com uma colher e com a ajuda da “naifa”…outros tempos, comidas saudáveis,…


(Pormenor dos fretes do prato)


A configuração deste prato e a sua composição leva-nos a pensar que seja, eventualmente, fabrico de Coimbra; no entanto a configuração e as cores aplicadas, não são as habituais de Coimbra¸ mas também não conseguimos identificar, com segurança, como fabrico de Aveiro – o mistério das faianças mantém-se e é esse mistério, que continuamente nos entusiasma e nos faz procurar, pesquisar e tentar desvendar.


(Pormenor da decoração da aba)

A ausência de qualquer filete ou decoração em bicos na bordadura da aba, leva-nos a considerar como não sendo fabrico de Aveiro, para ser fabrico do Norte, as cores seriam mais fortes, com a presença do azul, o que não se verifica no presente prato.

(Enquadramento da decoração na aba e covo do prato)

Em suma, um prato antigo, em faiança, muito pouco corrente, deslumbrante pela sua singeleza e pelas cores das decorações, cujo origem de fabrico é um mistério e consequentemente de valor em termos de inventariação e colecção, e logo motivo para a sua apresentação e dar a conhecer.


(A nossa peça)


FONTES:

1) - – “Cerâmica Portuguesa e Outros Estudos”, de José Queirós, Organização, Apresentação, Notas e Adenda Iconográfica de José Manuel Garcia e Orlando da Rocha Pinto, Editorial Presença, 3ª Edição, Lisboa, 1987.

2) – “Faiança Portuguesa – Séculos XVIII-XIX”, de Arthur de Sandão, Livraria Civilização, 2º Volume, Barcelos, 1985.

3) - “Faiança Portuguesa Séculos XVIII-XIX”, Colecção Pereira de Sampaio, Editores ACD, 2008.



domingo, 27 de dezembro de 2015

Bule da Fábrica de Louça de Sacavém, Formato Porto, decoração “Bolinhas Azuis”


A Fábrica de Louça de Sacavém foi uma fonte quase inesgotável de peças, com formatos, motivos e decorações, que foi fabricando ao longo dos muitos anos que laborou.

Com paciência, perseverança, de forma metódica e com uma sorte vamos conseguindo arranjar uma ou outra peça, diferente, fora dos padrões habituais, pouco corrente e assim vai aumentando a nossa colecção de peças da F.L.S.

É sempre com renovado prazer que percorremos feiras de antiguidades e de velharias, vamos a leilões, pesquisamos em ajuntadores ou visitamos antiquários, com o desejo de mais uma peça da F.L.S., para a nossa colecção, com motivo, decoração ou formato que não tenhamos. Para além do novo meio de pesquisa, em casa, que é a Internet.

(Bule em faiança da Fábrica de Louça de Sacavém)
Por outro lado, em dias ou épocas especiais, e quando a tradição leva as pessoas a dar uma “prendinha”, a família ou os amigos mais chegados e conhecedores do nosso vício, mimam-nos com mais uma peça de faiança para a nossa colecção.

 Foi o que aconteceu neste Natal, com a minha “velhinha” mãe a presentear-me com uma interessante peça da Fábrica de Louça de Sacavém: Um bule, moldado, com o formato Porto, com decoração “Bolinhas Azuis”, cujo motivo desconhecemos, mas em excepcional estado de conservação, sem a mínima beliscadura;

(O bule visto de cima e a simetria das bolinhas azuis da tampa)
Em termos formais, a presente peça de faiança moldada, possui uma forma globular/cónica, denominada formato “PORTO”, com uma pega lateral em forma de “C” e bico levemente contra-curvado, com rebordo superior circular para encaixe da tampa, cilíndrica, com uma bordadura saliente de encaixe e uma pega cilíndrica, central.

(O bule visto de cima - o bico, a tampa e a asa e a sua filetagem)

No que se refere à decoração, trata-se de uma decoração, simples e interessante, monocroma, azul, cremos estampilhada e manual, constituída por “Bolinhas Azuis” (estampilhadas por aerógrafo – pelo menos a degradação da cor nalgumas pintas a tal nos faz crer) e de filetagem, azul, sobre o vidrado, efectuada manualmente – cremos.

(A beleza do bule, com a tampa aberta, o orifício de respiração)

A decoração apresentada é a seguinte: a tampa do bule possui dois filetes monocromos azuis, entre os quais de desenvolvem oito bolinhas azuis, geometricamente posicionadas. A pega possui simplesmente um filete azul.

(A beleza do bule, visto de perfil)

O bojo do bule possui oito bolinhas de cada lado, entre a asa e o bico, formando cada quatro um losango; na base do bule, um filete azul, entre o bojo e a boca dois filetes, terminando a boca com outro filete azul.

(As bolinhas azuis do bule, dispostas em losango)

A asa possui uma filetagem manual e superiormente três “arranques” de filetes. O bico, de cada um dos lados possui um filete efectuado manualmente e sobre a boca do bico outros três” arranques de filete.

(A filetagem do bico)

(A filetagem da asa)

Cremos tratar-se de peça fabricada na década de 40 ou 50 do século passado, mas com uso ainda regular, nos chás das senhoras, no início da década de 60.

(A base ou o fundo do bule, com os carimbos e marcas)

O carimbo aposto na base do bule é estampada, na cor verde e correspondente ao período de Gilman & Cta. Ou seja o mais longo dos vários períodos de fabricação desta fábrica (1902 – 1970). Por baixo da marca a palavra PORTUGAL e as referências alfanuméricas “L” e “1290”, para além de um “hieroglífico” não identificável. No bordo da base vislumbra-se ainda uma marca, de três triângulos disposta em trevo, cuja interpretação não conseguimos fazer.

(O covo do fundo do bule com os carimbos e a marca)

(O carimbo e as demais referencias alfanuméricas)

(A marca do período de Gilman & Cta. - 1902-1970)

( A marca na pasta - três triângulos - ?)

Através da bibliografia disponível e da consulta on-line, as fontes 1) e 2) são as que mais informações nos dão em relação a estas peças: Bules da Fábrica de Louça de Sacavém.

Especificamente a fonte 2) indica-nos que: “O formato Porto encontra-se referenciado nas tabelas de preços publicadas entre 1932 e 1950, mas a sua produção iniciara-se já, certamente, antes da primeira data e continuou também certamente depois de 1950.

E acrescenta, que: “De acordo com a tabela de Setembro de 1949, este formato fabricava-se em quatro tamanhos  – 8, 10, 18 e 25 decilitros”.

O que apresentamos, corresponde ao tamanho de 25 decilitros.

Mais indica, e com bastante interesse, que: “Ainda segundo a mesma tabela, este formato produzia-se em branco e nas classes A (colorido sem ouro), B (colorido sem ouro) e C (colorido com ouro), com os seguintes preços  – 36$00, 40$00, 45$00 e 55$00, para o tamanho maior, e 13$50, 15$00, 16$50 e 20$00, para o tamanho mais pequeno. Embora tal não se encontre especificado, a diferença de custo entre as classes A e B dever-se-ia, provavelmente, a uma maior ou menor intervenção manual na decoração.

Na tabela de Janeiro de 1932 este modelo surgia nas quatro medidas, mas apenas em três classes  – branco, colorido sem ouro e colorido com ouro, com os seguintes preços  – 12$50, 16$50 e 18$50, para o tamanho maior, e 4$50, 6$00 e 7$50, para o menor.

Já na tabela de 1938 este modelo só se apresentava em duas classes  – I (colorido sem ouro) e II (colorido com ouro), comercializando-se apenas nos três tamanhos mais pequenos, com os seguintes preços  – 16$90,11$90 e 7$50, para a classe I, e 21$90, 13$10 e 9$30, para a classe II. Na classe I o serviço de 19 peças estava tabelado a 77$50 e na classe II a 93$50. Nesse ano, para este formato, ofereciam-se serviços de 19, 16, 10 e 9 peças.

Como já verificámos a produção de bules pela Fábrica de Loiça de Sacavém, desenvolveu-se sempre ao longo da sua produção, acompanhando a evolução dos formatos e das decorações.

As decorações com motivos geométricos, quer simples, compostas ou estilizadas, com recurso a filetagem, pode ser encontrada com maior incidência na produção das décadas de 30, 40, 50 e mesmo 60, do século passado, da Fábrica de Loiça de Sacavém, com o recurso a diversas técnicas de decoração (pintura manual, estampilhas, decalques, estampas e aerógrafo).

(O nosso bule)

Ainda me recordo no início da década de 60, do século passado, quando havia o chá, com “certas” pessoas, com quem se fazia “cerimónia”, a minha avó ou mesmo a minha mãe iam buscar o serviço de chá “das bolinhas” azuis”, para presentear as visitas com um chá.

Certamente alguns de vós se recordarão desta faiança de Sacavém, infelizmente desaparecida, e que raramente aparece nas feiras de velharias, pois o seu uso intenso, o desgaste pelo tempo e pelas “modernices” veio provocar a sua deterioração e o arremesso para o lixo.

(A beleza do bule)

Coleccionar faianças é conservar com compaixão o seu passado, para que no futuro sejam conhecidas, estudadas e que fique a memória das mesmas, das fábricas que as produziram e dos artífices e operários que durante décadas e séculos trabalharam para as produzir. 

Para que a memória das Artes Decorativas de Portugal perdure.

Mais um pequeno e simples contributo da nossa parte!


Fontes:







7) -  “150 Anos – 150 Peças – Fábrica de Loiça de Sacavém” – Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Março de 2006;

8) – “Fábrica de Louça de Sacavém – Contribuição para o estudo da indústria cerâmica em Portugal 1856-1974” de Ana Paula Assunção, Colecção História da Arte – Edições INAPA – 1997;

9) – “Porta aberta às memórias” – Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Setembro de 2008;

10) - “Porta aberta às memórias” – 2ª edição, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Setembro de 2009;

11) – “Primeiras peças da produção da Fábrica de Loiça de Sacavém: O Papel do Coleccionador”, de Ana Paula Assunção, Carlos Pereira e Eugénia Correia, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – 2003;

12) – “História da Fábrica de Loiça de Sacavém”, de Ana Paula Assunção e Jorge Vasconcelos Aniceto, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Julho de 2000;

13) – “Roteiro das Reservas”, de Ana Paula Assunção, Carlos Pereira e Joana Pinto, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – 2000 (?);

14) –“Cerâmica Portuguesa e Outros Estudos”, de José Queirós, com Organização, Apresentação, Notas e Adenda Iconográfica de José Manuel Garcia e Orlando da Rocha Pinto, Editorial Presença – 3ª Edição – 1987;