segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Prato de Massarelos, Motivo Fantasia, decoração assimétrica


As peças em faiança da Fábrica de Loiças Massarelos, em especial os pratos, são característicos, e pala sua decoração consegue-se logo identificar o fabrico.

(O nosso Prato de Massarelos, Motivo Fantasia)

Por outro lado, as decorações utilizadas pela Fábrica de Massarelos, pelo menos em parte dos seus períodos de fabricação, optou por decorações assimétricas que ajudaram a identificar a sua proveniência.

Em abono da verdade se diga, que também a Fábrica de Alcântara e a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, fundada por Rafael Bordalo Pinheiro também usaram decorações assimétricas, mas as de Massarelos, têm algo de místico que permite a sua fácil identificação.

Uma das características das peças da Fábrica de Massarelos era também a espessura e robustez das peças, devido à pasta utilizada, mas que em fase posteriores tal situação veio a ser alterada, com a realização de peças com pasta mais fina, algumas assemelhando a pasta de pó de pedra.

(Pormenor do Motivo Fantasia)

Tudo isto a propósito de um interessante prato que conseguimos obter em mais das bancas “de chão” numa destas feiras de velharias de inverno que ocorrem por aí….

A decoração logo nos indiciou ser de Massarelos, mas cujo motivo desconhecíamos..., apreciamos o tardoz do prato e marcas e carimbos, nada, mas os fretes e a sua disposição indiciava-nos algo conhecido.

(Pormenor de outra decoração do Motivo Fantasia)

A decoração vegetalista, monocromática, cor-de-rosa, era interessantíssima, aplicada assimetricamente no prato, abrangendo a aba e quase todo o covo do prato, possuindo na parte oposta, uma pequena decoração similar, preenchendo parte da aba e do covo.

(Outro pormenor ainda do Motivo Fantasia)

Na bordadura da aba um filete cor-de-rosa, rematando a decoração do prato.

Trata-se na verdade um prato com uma decoração típica da Fábrica de Massarelos, cujo Motivo se denomina “FANTASIA”, decoração já aplicada no final do século XIX, em pratos e travessas desta fábrica, as quais possuíam a respectiva marca, carimbo e denominação do motivo (fonte 1), que nos permitiu assim identificar a nossa peça.

(Fonte 1 - Motivo Fantasia - marca finais do século XIX)

(Fonte 1 - Motivo Fantasia - marca finais do século XIX)

Esta peça possuía o carimbo de Maclaren & CH . PORTO, que permitiu a identificação temporal do seu fabrico.
     
Por outro lado, a organização e disposição dos círculos concêntricos conjuntamente com o frete do prato: dois círculos concêntricos largos no fundo do prato, um frete significativamente relevado na bordadura do fundo do prato e mais dois círculos concêntricos correspondentes à transição da aba para o covo, indiciam também ser fabrico de Massarelos.

(O tardoz do nosso prato)

No limite do tardoz identificam-se os “pontos” do tripé utilizado para colocar o prato “em descanso” quando foi vidrar.

(O frete e os círculos concêntricos do nosso prato)

Através de outros documentos consultados e sítios (fonte 5), (fonte 6),  tais elementos confirmam a nossa suposição.

(Fonte 5 - Pormenor do tardoz do prato - círculos concêntricos e fretes)
(Fonte 6 - Pormenor do tardoz do prato - círculos concêntricos e fretes)
Por outro lado, conhecem-se várias decorações, monocromáticas, assimétricas, com outros motivos e que são igualmente da Fábrica de Massarelos, que mais corroboram a nossa apreciação em relação ao presente prato.

Como exemplo apresentamos, prato vegetalista, monocromático, cor verde, com lago e cisne (fonte 2), ou na cor grená, em que a decoração é mais interessante (fonte 3).
 
(Fonte 2 - Motivo Cisne (?) - cor verde)
(Fonte 3 - Motivo Cisne (?) - cor grená)

Igualmente interessantes foram as decorações assimétricas com os motivos de “Papoula” ou “Borboleta”, a cita fábrica também produziu e cujas imagens das mesmas reproduzimos (fonte 1), (fonte 4).
 
(Fonte 1 - Motivo Papoula)

(Fonte 1 - Motivo Borboleta)

(Fonte 4 .- Terrina com o Motivo Papoula)

(Fonte 4 - Carimbo da Terrina - marca do período de 1904-1912)

Ou outras ainda (fonte 6)

(Fonte 6 - Motivo desconhecido)
(Fonte 6 - Motivo desconhecido)
(Fonte 6 - Motivo desconhecido)
Uma bela decoração desta fábrica e que se poderá enquadrar nesta temática de decorações não simétricas (mas também não totalmente assimétricas) é a do motivo “Torre de Belém”, do qual apresentamos cópia de belos exemplares (fonte 1), (fonte 6).



Outros  ainda da fonte 12:

(Fonte 12 - Motivo Torre de Belém - cor sépia)

(Fonte 12 - Motivo Torre de Belém - cor castanha)
Outra decoração também interessante, de prato anunciado no OLX, é o que se apresente de imediato e que se reporta, cremos ao Motivo Leques, também fabricado pela Fábrica de Alcântara.

(Foto do OLX - Motivo Leques (?))

Presume-se que o presente prato seja fabrico do início do século XX, pós 1912.




FONTES:








8) – “Fábrica de Massarelos - Porto, 1763 – 1936”, Coordenação de Mónica Baldaque, Teresa Pereira Viana e Margarida Rebelo Correia, edição do Museu Nacional Soares dos Reis, 1998.

9) – “A Fábrica de Louça de Massarelos – Contributos para a caracterização de uma unidade fabril pioneira”. Volume 1, dissertação de Mestrado em Estudos do Património, de Armando Octaviano Palma de Araújo, Universidade Aberta, Lisboa, 2012.

10) – “Cerâmica Portuguesa e Outros Estudos”, de José Queirós, Organização, Apresentação, Notas e Adenda Iconográfica de José Manuel Garcia e Orlando da Rocha Pinto, Editorial Presença, 3ª Edição, Lisboa, 1987.


11) – “Cerâmica Portuense – Evolução Empresarial e Estruturas Edificadas”, Teresa Soeiro, Jorge Fernandes Lacerda, Silvestre Lacerda, Joaquim Oliveira, Edição Portugália, Nova série, volume XVI, 1995.

12) – www.jmarques.pt;

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Prato de Sacavém, motivo Excelsior (Rico)


O motivo Excelsior aplicado nas peças de faiança da Fabrica de Louça de Sacavém, quer monocromático ou policromático constitui uma interessante decoração, que foi mantida ao longo de vários períodos de fabricação.


(Prato FLS - Motivo EXCELSIOR "Rico")

Produzido desde o período da Real Fábrica de Sacavém (1885 - 1894), ao período e Gilman e Cta. (1902 - 1970), pese embora com maior produção no período do que no segundo.


(Prato FLS - Período Real Fábrica - fonte 8)


(Azeitoneira FLS - Período Real Fábrica - fonte 8)

As tonalidades das cores variaram contudo ao longo desses períodos, umas mais esbatidas outras mais fortes.


(Pormenor da decoração e policromia do prato em apresentação)

Tal como no motivo Beira, onde há o “Beira Rico”, com a aplicação de filetagem dourada, também nos informaram que no motivo Excelsior também havia o “Excelsior Rico”, com a aplicação de filetagem dourada.


(Pormenor da  policromia do prato em apresentação)

Nunca tínhamos encontrado nenhuma peça até que agora surgiu um prato raso, rachado e com “cabelos”, mas com tal variante, pelo que não deixamos de colocar uma postagem sobre o mesmo, dando a conhecer tal variante do motivo Excelsior.


(Carimbo da peça em apresentação)

Os pratos do período da Real Fábrica possuíam geralmente o rebordo da aba moldado, enquanto do período Gilman era de rebordo liso.


(Prato FLS - Motivo EXCELSIOR "Rico" - a força da policromia e o esplendor da filetagem dourada)

O prato que apresentamos, do período Gilman, é policromático, de tons fortes, com filete dourado na bordadura da aba e com imensos apontamentos dourados na decoração da aba, tornando assim no motivo Excelsior “Rico”.

Quer seja “Rico” ou não, aqui fica a presentação de uma peça com uma interessantíssima decoração, rica em cor e em dourados e muito pouco frequente.


FONTES:

1) -   “150 Anos – 150 Peças – Fábrica de Loiça de Sacavém” – Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Março de 2006;

2) – “Fábrica de Louça de Sacavém – Contribuição para o estudo da indústria cerâmica em Portugal 1856-1974” de Ana Paula Assunção, Colecção História da Arte – Edições INAPA – 1997;

3) – “Porta aberta às memórias” – Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Setembro de 2008;

4) - “Porta aberta às memórias” – 2ª edição, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Setembro de 2009;

5) – “Primeiras peças da produção da Fábrica de Loiça de Sacavém: O Papel do Coleccionador”, de Ana Paula Assunção, Carlos Pereira e Eugénia Correia, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – 2003;

6) – “História da Fábrica de Loiça de Sacavém”, de Ana Paula Assunção e Jorge Vasconcelos Aniceto, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Julho de 2000;

7) – “Roteiro das Reservas”, de Ana Paula Assunção, Carlos Pereira e Joana Pinto, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – 2000 (?);




domingo, 3 de janeiro de 2016

Prato da Fabrica de Louça de Sacavém, formato ESPIGA, Motivo 1259 (Caça ao Hipopótamo) na cor amarelo-acastanhado


Um dos fabricos mais interessantes da Fábrica de Louça de Sacavém é o formato ESPIGA, quer devido à sua execução relevada na aba, com espigas, palha e a gomagem da mesma até ao covo, quer devido aos vários motivos de decoração, bastantes; quer devido às técnicas de decoração usadas, estampagem no covo e aerografia na bordadura da aba, estampilhagem (alguns); quer mesmo devido às razões subjacentes de tais motivos.


(Prato FLS, formato ESPIGA, motivo 1259)

O mote para esta postagem, e em boa hora conseguida, foi a obtenção de um dos motivos de decoração, que me faltava, o motivo 1259, mais propriamente com um mote africano – a caça ao hipopótamo, na cor amarelo-torrado.


(Motivo 1259 - Pormenor)

Especula-se que este motivo com o conjunto de decorações efectuadas corresponde a “uma encomenda” à época da realização da Exposição Colonial Portuguesa, ocorrida no Porto, em 1934, onde a F.L.S. esteve presente, com um pavilhão de exposição, ou mesmo aquando da Exposição do Mundo Português, ocorrida em Lisboa, em 1940.


(Formato ESPIGA - Pormenor da aba)

A cuidada decoração do prato desenvolve-se tal como em todos com o Motivo ESPIGA, no covo do mesmo: este apresenta uma cena africana, em que um nativo, dentro de uma piroga, pelo rio, e de carabina em punho, efectua a caça ao hipopótamo; vendo-se dois, um na água e outro à margem do leito do rio, à frente de exuberante floresta tropical.


Decorações Aplicadas sobre o formato Espiga (Motivos):

Parece-nos interessante inventariar as várias decorações (motivos) aplicadas sobre o formato ESPIGA, bem como as variantes, algumas bastante simples.
Vamos tentar tal tarefa, com a indicação numérica do motivo, a sua identificação e a sua imagem:

Decoração 1200 – Sem decoração (prato base):


Motivo 1200ª – Somente aerógrafado na aba:


Motivo 1202 – decoração aerógrafado na aba:


Motivo 1203 – Espiga:


Motivo 1204 – Patinhos:


Motivo 1205 – Barco Moliceiro (?):


Motivo 1216 - Arranjo Floral: Espigas, Papoilas e Borboleta:



Motivo 1217 – Ceifeiras Alentejanas:


Motivo 1226 – Arranjo floral:


Motivo 1227 – Caça à Perdiz (?):


Motivo 1228 – Pesca Milagrosa nas Costas Lindas de Portugal:


Motivo 1250 – Papagaio e Macaco:


Motivo 1253 – Cena africana (2 nativas e bacia de mandioca):


Motivo 1259 – Caça ao Hipopótamo:


Motivo 1259a – Cena de Caça com lanças:


Motivo 1260 – Caça ao Hipopótamo:


Motivo 1270 – Aldeia africana:


Motivo 1282 – Arranjo floral:



Outras decorações identificadas, mas sem se conhecer o número do motivo:

Motivo 1295 (?) – Cena Africana – girafa:


Motivo 1296 (?) – Cena Africana – nativos de piroga:


Motivo 1297 (?) – Arranjo floral – cesto com espigas e papoilas (?)


Motivo 1298 (?) – Arranjo floral estampado (?)



Motivo 1216 – Arranjo floral (Espigas, Papoilas e Borboleta):



Período de Fabrico:

Várias das decorações deste motivo vieram referidas nos catálogos da Fábrica, desde 1932 a 1950.


(Motivo 1259 - tardoz do prato)

Contudo, presume-se que estes pratos, com este motivo tenham sido fabricados desde o início da década de 30 até provavelmente aos finais da década de 50 ou início da década de 60 do século passado, sendo a decoração 1200 de uso muito frequente e intenso em muitas casas do País.


(Carimbo formato 1259)

Por conseguinte, sempre no período de fabrico de Gilman & Cta., correspondente ao período temporal de 1902-1970, conforme atestam os carimbos apostos nos tardozes dos pratos.


Outros Fabricos, outras fábricas:

Encontram-se alguns pratos com o mesmo motivo, com decorações diferentes, sem marcas nem carimbos, não atribuíveis a F.L.S., presumindo-se que sejam:

- Fábrica Soares dos Reis-Porto (?) – Cena Campestre com moinho de vento;


- Fábrica Soares dos Reis-Porto (?) – Barco Rabelo;


- Fábrica Soares dos Reis-Porto (?); Fábrica Lusitânia de Coimbra (?); Estatuária de Coimbra – Templo de Diana (Évora) – decoração estampilhada;


- Fábrica de São Roque – Aveiro – Campino – decoração estampilhada;



Em jeito de remate final:

Pensamos que seria muito útil, para todos nós, que nos interessamos por Faianças e em especial pelas fabricadas pela FLS – Fábrica de Louça de Sacavém, que conseguíssemos completar esta simples e despretensiosa catalogação de decorações (motivos) aplicadas neste formato ESPIGA.

Em especial, para quem tem peças com as decorações (motivos) aqui referidas e que não foram identificadas pelo número da decoração que nos pudessem indicar a mesma, ou no caso de haver mais decorações que as aqui apresentadas, que nos ajudassem a aumentar esta apresentação, pois muito útil será para todos nós e para o público em geral.
 

(FLS, formato ESPIGA, motivo 1259)


FONTES:

1) -  “150 Anos – 150 Peças – Fábrica de Loiça de Sacavém” – Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Março de 2006;

2) – “Fábrica de Louça de Sacavém – Contribuição para o estudo da indústria cerâmica em Portugal 1856-1974” de Ana Paula Assunção, Colecção História da Arte – Edições INAPA – 1997;

3) – “Porta aberta às memórias” – Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Setembro de 2008;

4) - “Porta aberta às memórias” – 2ª edição, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Setembro de 2009;

5) – “Primeiras peças da produção da Fábrica de Loiça de Sacavém: O Papel do Coleccionador”, de Ana Paula Assunção, Carlos Pereira e Eugénia Correia, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – 2003;

6) – “História da Fábrica de Loiça de Sacavém”, de Ana Paula Assunção e Jorge Vasconcelos Aniceto, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – Julho de 2000;

7) – “Roteiro das Reservas”, de Ana Paula Assunção, Carlos Pereira e Joana Pinto, Museu de Cerâmica de Sacavém – Câmara Municipal de Loures – 2000 (?);








Prato em Faiança, com decoração floral… e já lá vão mais de 100 anos!


Como início neste novo ano apresento um interessante prato de faiança, pequeno, de covo acentuado, com uma decoração vegetalista policromada na aba, não muito frequente, provavelmente do final do século XIX ou inicio do século XX….. e já lá vão mais de 100 anos!

(Prato covo em faiança, decoração vegetalista policromada)

Possui um filete na cor azul-escuro a delimitar a aba do covo e três decorações florais, manuais, efectuadas a pincel, uma delas maior que ocupa toda da aba e se prolonga até ao covo, interrompendo o filete, nas cores verde-escuro, verde-ervilha, amarelo-torrado e cor-de-rosa e outras duas, semelhantes mas diferentes, com as mesmas cores e que se desenvolvem exclusivamente na aba.


(Pormenor da decoração maior, ocupando a aba e o covo) 

Trata-se de um interessante prato, analisado pelo seu tardoz, com dois fretes, um exterior, pronunciado e outro, interior, mais modesto. Exibe uma pasta cor de grão, "ariada", com um vidrado leitoso, onde se vislumbram perfeitamente os círculos da moldagem.
 

(Tardoz do prato)

Sem dúvida que nos recorda os tempos em que só se usava um prato, pequeno, pois a comida não era em demasia, e em que se punha a mesma no prato, comendo-se primeiro o “conduto” e depois o “caldo” sempre acompanhado com pão, simplesmente com uma colher e com a ajuda da “naifa”…outros tempos, comidas saudáveis,…


(Pormenor dos fretes do prato)


A configuração deste prato e a sua composição leva-nos a pensar que seja, eventualmente, fabrico de Coimbra; no entanto a configuração e as cores aplicadas, não são as habituais de Coimbra¸ mas também não conseguimos identificar, com segurança, como fabrico de Aveiro – o mistério das faianças mantém-se e é esse mistério, que continuamente nos entusiasma e nos faz procurar, pesquisar e tentar desvendar.


(Pormenor da decoração da aba)

A ausência de qualquer filete ou decoração em bicos na bordadura da aba, leva-nos a considerar como não sendo fabrico de Aveiro, para ser fabrico do Norte, as cores seriam mais fortes, com a presença do azul, o que não se verifica no presente prato.

(Enquadramento da decoração na aba e covo do prato)

Em suma, um prato antigo, em faiança, muito pouco corrente, deslumbrante pela sua singeleza e pelas cores das decorações, cujo origem de fabrico é um mistério e consequentemente de valor em termos de inventariação e colecção, e logo motivo para a sua apresentação e dar a conhecer.


(A nossa peça)


FONTES:

1) - – “Cerâmica Portuguesa e Outros Estudos”, de José Queirós, Organização, Apresentação, Notas e Adenda Iconográfica de José Manuel Garcia e Orlando da Rocha Pinto, Editorial Presença, 3ª Edição, Lisboa, 1987.

2) – “Faiança Portuguesa – Séculos XVIII-XIX”, de Arthur de Sandão, Livraria Civilização, 2º Volume, Barcelos, 1985.

3) - “Faiança Portuguesa Séculos XVIII-XIX”, Colecção Pereira de Sampaio, Editores ACD, 2008.